Equipe multiprofissional orientou gestantes e acompanhantes sobre prevenção, saúde emocional, alimentação e cuidados físicos
Segundo o Ministério da Saúde, 12% dos nascimentos no Brasil são prematuros. (Foto: IMED)
A Policlínica Estadual da Região Nordeste II – Posse, unidade do Governo de Goiás administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED), realizou uma ação educativa voltada à conscientização sobre a prematuridade. A iniciativa foi conduzida por uma equipe multiprofissional formada por psicóloga, nutricionista e fisioterapeuta, com o objetivo de reforçar a importância da prevenção do parto prematuro e incentivar o autocuidado das gestantes.
Um bebê é considerado prematuro quando nasce antes de completar 37 semanas de gestação. A classificação inclui extremamente prematuros (menos de 28 semanas), muito prematuros (entre 28 e 31 semanas) e moderados (entre 32 e 36 semanas). Quanto menor a idade gestacional, maior a complexidade dos cuidados necessários.
Entre os fatores associados ao parto antes do tempo estão infecções maternas, hipertensão gestacional, diabetes, gestações múltiplas, malformações fetais e alterações uterinas. No Brasil, cerca de 12% dos nascimentos acontecem antes das 37 semanas, o equivalente a aproximadamente 300 a 340 mil bebês por ano, segundo o Ministério da Saúde.
Orientações
O fisioterapeuta Kalyson da Silva destacou as principais consequências da prematuridade que são observadas na sua área. “A prematuridade pode causar imaturidade pulmonar, alterações no tônus muscular, dificuldades motoras e atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor. Na UTI neonatal, os cuidados são direcionados para apoiar a expansão pulmonar, otimizar os padrões respiratórios e auxiliar no processo de desmame ventilatório, sempre buscando favorecer o desenvolvimento global do bebê”, explicou.
A psicóloga Amanda Calazans ressaltou os impactos emocionais vivenciados pelas famílias. “A prematuridade, muitas vezes acompanhada da necessidade de internação em UTI neonatal, pode gerar sentimentos de ansiedade, medo, culpa e estresse. É um processo delicado, que envolve expectativas interrompidas e adaptações rápidas. Por isso, o acolhimento psicológico é fundamental para apoiar os pais e fortalecer o vínculo com o bebê”.
Já a nutricionista Hanna Nobre, abordou a relação direta entre alimentação materna e risco de parto prematuro. “Uma nutrição adequada é essencial para o crescimento fetal e para reduzir riscos. É importante garantir ingestão suficiente de calorias, proteínas de qualidade e micronutrientes como ferro, ácido fólico, vitamina D, cálcio, magnésio e zinco. Também alertamos sobre os prejuízos do consumo excessivo de açúcar e ultraprocessados. Além disso, manter boa hidratação ajuda na prevenção de infecções urinárias, que são fatores conhecidos para induzir a prematuridade”.
A ação reforçou o compromisso da Policlínica de Posse com a saúde materno-infantil, ampliando a orientação às gestantes e contribuindo para uma gestação mais segura e saudável, com foco na prevenção do parto prematuro e reforço da importância do acompanhamento pré-natal.

