Delivery cresce no frio e aquece faturamento de bares e restaurantes


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Delivery cresce no frio e aquece faturamento de bares e restaurantes


 Com frentes frias que atingem principalmente sul e sudeste do Brasil, estabelecimentos percebem aumento nos pedidos

Quando as temperaturas caem, o movimento nas plataformas de delivery dispara. Essa é a realidade de bares e restaurantes em todo o país, que veem no frio uma oportunidade para impulsionar vendas — especialmente por meio das entregas.

Um levantamento realizado pela Gaudium, empresa de tecnologia voltada para logística, revela que os pedidos de refeições por delivery cresceram 71% durante o inverno de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O aumento é expressivo em todas as regiões. O Sudeste lidera, com 1,5 milhão de pedidos, seguido pelo Centro-Oeste (1,2 milhão), Sul (644 mil), Norte (434 mil) e Nordeste (430 mil). O dado mostra que, mesmo em locais onde o frio não é tão rigoroso, as chuvas e o desejo de conforto em casa também influenciam esse comportamento.

De acordo com a Abrasel, mais de um quarto do faturamento dos bares e restaurantes brasileiros já vem do delivery — modelo que cresceu muito na pandemia e hoje faz parte da rotina do setor.

Curitiba mostra o peso do frio no delivery

Em Curitiba, onde as temperaturas facilmente chegam perto de zero no inverno, a demanda por delivery se torna ainda mais evidente. Hemerson Matos, proprietário da Churrascaria Sabor na Brasa Delivery, vê o faturamento aumentar em até 30% nos dias mais frios ou chuvosos. “É um impacto muito real. Sempre que o clima muda, o movimento no delivery cresce”, conta.

No seu caso, os campeões de venda continuam sendo as proteínas — especialmente os pratos de churrasco —, tanto em pedidos individuais quanto em combos para duas pessoas. “Todos os itens performam bem no frio. A diferença está no volume, que sobe muito”, explica.

O empresário também nota que, enquanto o delivery cresce, o movimento no salão diminui. “Nossas unidades não são climatizadas, então no frio muitos clientes preferem pedir e ficar em casa”, diz.

Essa dinâmica se repete em boa parte do país. Mesmo onde o frio não chega com força, dias de chuva são suficientes para que muitos consumidores optem pelo delivery ao invés de sair para comer.

Mais do que tendência, um hábito consolidado

O crescimento das entregas nos meses de inverno reforça um movimento que já vinha se consolidando nos últimos anos. Muitos bares e restaurantes aproveitam esse período para lançar menus especiais — com caldos, massas, pratos quentes e sobremesas que combinam com o clima — e investem em promoções para estimular os pedidos.

A logística também vira prioridade. Entregar rápido, com qualidade e garantir que a refeição chegue quentinha é fundamental para manter a satisfação do cliente e garantir boas avaliações.

O inverno, portanto, não traz só temperaturas mais baixas. Ele aquece as vendas e mostra que o delivery se tornou, definitivamente, parte central da estratégia dos bares e restaurantes brasileiros.


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