Conheça o senador que possui 83 assessores pago com dinheiro público


Apenas em salários, sem contar encargos sociais e benefícios, servidores nomeados pelo tucano Izalci Lucas custam R$ 527 mil por mês ou R$ 7 milhões por ano ao bolso do contribuinte

Foto: Sérgio Lima.

Izalci Lucas é contador, professor e senador da República (PSDB-DF) eleito em 2018. Político com mandato desde 2003, quando virou deputado distrital, o mineiro radicado em Brasília ganhou projeção nacional em abril de 2019, perto de seu aniversário de 63 anos, quando foi cotado para assumir o Ministério da Educação no governo Jair Bolsonaro (sem partido).

Nos corredores do Parlamento, no entanto, Izalci ficou famoso já nos primeiros meses de 2019 por empregar o maior número de funcionários no Senado: até a última atualização desta reportagem, ele contava com 83 assessores parlamentares pagos com dinheiro público.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) tem o gabinete mais inchado do Senado, com 83 assessores. Em salários, isso custa R$ 527 mil por mês ou R$ 7 milhões ao ano. Mas o número ainda pode crescer: “se tiver a oportunidade, vou ter 100”. Pelo menos 12 desses assessores trabalham na direção do PSDB do Distrito Federal. Foram colocados pelo próprio senador para, segundo ele, assegurar o controle do partido e a sua indicação para governador em 2022.

Izalci explica a estratégia: “não contratei os caras porque são do partido, é o contrário. Eles são do meu gabinete e botei eles no partido. Se você não tem partido, você não é candidato. Você tem que ter a legenda. Montei o diretório com pessoas da minha confiança. Hoje, vai para uma convenção, quem é o candidato ao governo? Ninguém vai se meter”.

O senador afirma que aprendeu com a última eleição, quando não teve apoio para sair candidato: “foi o que aconteceu na eleição passada. Qual era o meu projeto? Eu nunca quis ser senador. O meu projeto em 2018 era governo. Por que eu não fui candidato ao governo? Porque eu não tinha partido. Eu era presidente, mas era comissão provisória. Agora, não. Montei as zonais em cada cidade”.

Questionado se seria mesmo preciso manter dirigentes contratados no seu gabinete, respondeu: “não é que eles eram dirigentes e vieram para o meu gabinete, é o contrário. São do meu gabinete e foram candidatos a cargos no PSDB. Porque eu tenho que botar pessoas da minha confiança. Eu tenho que ter a garantia de que vou ganhar a eleição, porque eu tenho um objetivo: governar essa cidade (quis dizer o DF)”.

O senador emprega 59 pessoas em seu gabinete: quatro efetivos e 55 comissionados. Em escritórios de apoio, são mais 24 comissionados. Os maiores salários vão para os efetivos, com proventos entre R$ 21,9 mil e R$ 29,4 mil por mês.

Já os comissionados ganham entre R$ 2.249 (auxiliar parlamentar júnior) e R$ 17,9 mil (secretário parlamentar). São mais de 20 cargos, como auxiliar, ajudante e assistente parlamentar, divididos entre júnior, intermediário, sênior e pleno.
Edilayne Martins

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